O vaso de porcelana vítrea turquesa que continha os corações dourados caiu.
Partiu-se e a água se foi.
Aquele moço mouro que morou em mim,
também se foi.
Não há avisos para quedas e perdas.
Aquele moço mouro que devia ter ficado, partiu.
Partiu-se o vaso dourado.
Partir é mouro. (Partir é cigano também)
Presentes e pessoas chegam sem avisar.
Armadilhas vítreas.
Presentes e pessoas são poemas que
se cumprem e se vão. Em vão.
Algumas batalhas são feitas dentro dos corações
Algumas visitas chegam para matar o amor
Sempre há um perdedor em mim
Sobrou um só coração dourado
e o olho vazio, fitando o espaço,
agora vago.
CT -setembro 2004
26.9.04
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